Paciência com certeza não é uma de minhas virtudes. Por
isso meu sangue já havia começado a esquentar assim que desci os olhos nas
treze pessoas a minha frente. Passaram-se mais ou menos dez minutos quando uma
crente de saia no joelho e cabelo na cintura entrou. Quando eu era menor, pedia
pra deixar o meu crescer assim também. O bom senso da minha mãe sempre me negou
esta vontade. Ela carregava uma criança no colo, a menina devia ter uns quatro
ou cinco anos. Estava toda torta nos braços da mãe mas parecia dormir
deliciosamente. Senti inveja daquela menininha.
Também queria ter o colo da minha mãe quando tenho que esperar
inutilmente por algo. Enfim.
Depois disso entrou uma jovem senhora. Daquelas que tem
mais que 60 anos, porém mais energia que qualquer mulher nos seus quarenta. Ela
estava toda animada e correndo muito de um lado para o outro. Acabou que passou
na frente da mãe que carregava a criança pesada e dorminhoca, por pura
safadeza. Disse que tinha lugar guardado na fila. Eu achei aquilo um tremendo
desaforo. Mas ela acabou tendo que
voltar para o fim da fila de verdade, aquela que eu estava a vinte minutos.
Dentro desta fila louca tinha um sujeito com um baita dum
Iphone que não parava de tocar e ele de atender. Era bate papo pra lá, bate
papo pra cá. Aquilo estava me tirando do sério, não só porque eu estava sendo
obrigada a ouvir a conversa alheia, mas porque aquele era o cara que me fez me
sentir obrigada a aturar todo aquele tempo de fila. Eu explico.
Naquele momento já havia se passado por volta de vinte e
cinco minutos que eu sofria. Até a minha mãe estava de saco cheio daquilo e me
disse que era proibido por lei ficar mais de trinta minutos na fila do banco.
Eu não sabia de lei nenhuma então disse: “Que exagero mãe!” ela falou que
existia mesmo uma lei assim e que como muitas ela não era seguida.
Com aquela informação eu me senti no poder novamente.
Senti que não era o banco quem ditava todas as regras. Porque geralmente este
tipo de serviço tem péssimo atendimento porque é um mal necessário. Ninguém
vive sem conta no banco. Então mesmo existindo diferentes bancos, parece que
eles fazem um complô e agem todos iguais. Tarifas enormes, juros absurdos, e
filas que não acabam mais. Quem vai reclamar? Acontece que existem jeitos de
contornar as falcatruas e ser ouvida.
Então foi por isso que o cara no Iphone me incomodou
tanto. Como eu poderia com a cara e a coragem chamar o gerente, recepcionista
ou o papa e falar: “Olha aqui meu senhor! Estou aqui á TRINTA minutos, e isso é
contra a lei.” Enquanto um dos meus (outros clientes do banco) quebra regras
como a da proibição do uso de celular dentro do banco? Se alguém do meu “grupo”
decide não seguir uma das leis, eu não me sinto no direito de clamar por
outras. Se uma for quebrada todas as outras também terão seus motivos para tal.
Por fim, acabei não dizendo nada nem para o sujeito no
celular, muito menos para o atendente do caixa. Foram trinta minutos sem poder
dizer nada.
Credo que história.
ResponderExcluirJá passei por isso tbm, e olha que essa lei existe mesmo.
Já li que em uma cidade do Brasil uma estudante de direito recebeu indenização por esperar mais de 30 minutos na fila.
Enfim é verdade, o problema é que não sabemos usar.
Beijos
passarelabrasil.blogspot.com
Pois é :/
ExcluirNem sabia dessa lei, mais realmente é um horror!!
ResponderExcluirhttp://sweetdreamssah.blogspot.com.br/
sim, sempre bom :)
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