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22 de julho de 2012

Faculdade aqui vou eu...

Faz um mês que eu não venho aqui. Acontece que recebi a melhor notícia que eu podia ter nesse ano. Quero dizer que acabou. Acabou Cursinho, física e química. Acabou aula das sete da manha ás nove da noite. Acabou simulado e inscrições para pagar. Eu vou (finalmente) cursar Jornalismo no Mackenzie. Minhas aulas começam segunda-feira dia 30. E quer saber? Mal posso esperar pra me acabar de estudar, varar a noite na frente dos livros e sofrer na hora das provas e mesmo assim no final das contas sentir que estou fazendo algo que vale a pena.


21 de junho de 2012

Sou sua fã


Todo mundo tem seu favorito, pode ser aquele batom que você não empresta para ninguém, o livro que você rele todo ano, a prima que você liga quando quer companhia, o sapato que nem te serve mais, mas continua enfurnado na sapateira ou o brinco coringa que você só usa na mais especial das ocasiões. Eu tenho uma blusinha mais arrumada que me salva, a uso sempre que me sinto feia e que nenhuma roupa me cai bem. É bom ter favoritos.

Vamos expandir um pouco mais esta coleção apaixonante. Vamos adicionar revistas, programas de tevê, perfis no Twitter, artistas e escritores. Quando era menor era encantada pela Glória Maria e pela Fátima Bernardes. Não entendia a maioria das noticias que elas davam, mas vibrava ao ver a Glória toda lindona viajando o mundo. Queria mandar cartas e falar com elas, mas não fazia a mínima ideia de como entrar em contato, mandar um e-mail de fã mesmo. E todo esse fanatismo ficou por isso mesmo.
Hoje é muito mais fácil entrar em contato com alguém assim. Tem o endereço de e-mail em todo lugar, a página no Facebook, o perfil no Twitter, o site, o isso e aquilo. Mil maneiras práticas de mandar uma mensagem. Toda essa facilidade também criou um obstáculo: ser ouvida. As mensagens se multiplicaram absurdamente, ao ponto da pessoa idolatrada não ter a chance de ler todas elas. Ai eles são obrigados a contratar alguém a fazer isso por eles. Mas eu não quero que o assistente leia meu e-mail adorador. Quero que o adereçado leia e responda ainda por luxo! Mas isso é querer de mais.

Toda essa facilidade faz muita gente perder a noção do que é ser uma fã. Eu que sempre fui uma idólatra passiva, que de vez em quanto deixa um elogio no caminho. Entendo quem gosta de demonstrar todo seu amor, mas vamos com calma, sim? Isso: “Oi! Eu amo você! Me segue de voltaa?” ou ainda “Vc é linda! Te amoo!” é bem diferente disso: “Oi! Adorei seu texto/photo/trabalho de hoje!”. Muita gente quer só chamar a atenção. Falar que gosta de alguém, mas nem conhece seu trabalho. Diz que é aficionado por Clarisse Lispector, mas nunca leu um livro se quer dela. Uma novidade: A maioria das frases no Twitter assinadas por ela, não são dela.

É tão bom ter um trabalho reconhecido, tenho certeza que todas essas pessoas adoram receber elogios e criticas construtivas todos os dias lotando a caixa de entrada. Mas falta uma dose de bom senso. Chega a ser ofensivo ver alguêm tentar ganhar atenção as custas da fama alheia. Honestidade para quem precisa.

12 de junho de 2012

Este amor tem que mudar

O ser humano carrega uma variedade infinita de sentimentos, inseguranças, pensamentos lógicos e ilógicos. Não nos sentimos sempre da mesma maneira caso contrário o mundo seria infinitamente chato. Por isso existe tanto amor não correspondido. Ninguém é obrigado a se apaixonar por alguém, e mesmo quando isso acontecer, o amor não tem que ser eterno. Não vai ser. Sinto muito. Eterno dura demais. 

O tempo passa e as pessoas mudam. Talvez não tanto quanto esperassemos, talvez não quando quisessemos. Mas não tem jeito. Nossas vontades mudam, o que parecia tão certo em 2009 não faz mais sentido em 2012. Por isso, junto com o amadurecimento pessoal o amor tem que amadurecer, crescer junto, mudar, se transformar e continuar batendo. Quando isso não acontece... Bom, quando isso não acontece aquele amor que você conheceu não existe mais. 

Todo mundo já passou ou vai passar por isso e é comum a fase da negação onde não se acredita que tá na hora de mudar aquilo, virar a página, girar a catraca.

Dia desses um amigo disse que por ser menina eu não podia demonstrar interesse em alguém. Que menina tem que ficar na dela, esperar o menino mostrar que tá afim. Nunca achei legal a vulgaridade alheia, mas sou contra qualquer tipo de joguinho, muito comum hoje em dia, onde ninguém quer ser o primeiro a dizer que sim. A menina pode ser sutil e delicada enquanto deixa o respectivo saber que tem interesse nele. Como tudo na vida, aqui também existem um “Porém”. Prestem atenção na parte mais importante. Agora que alguém deu a cara á tapa, seja o homem ou a mulher, este tem que estar preparado para ouvir “não, obrigado”. 

Quem nunca levou um fora na vida? Querida, está na hora de se abrir para o mundo. Quando a pessoa não está pronta para este não, seja em um casamento de quinze anos ou de alguém que você conheceu agora, ela vai insistir e insistir em algo que não vai pra frente. Eu só fui perceber isso quando vi uma amiga chorar e se descabelar na frente do ex-namorado pedindo atenção. Nada que ninguém dissesse ia faze-la parar de se humilhar. Não me esqueço da cena: ela agarrada nos joelhos do menino chorando para ele não ir embora da festa. 

Duas pessoas podem ficar juntas até o fim de suas vidas, mas o amor que sentem nunca irá ser o mesmo que as uniu. O amor muda junto com o casal. Se ele não mudar na mesma frequência ocorre tamanho desequilíbrio e destrói tudo por onde passa. Muito chororô e muitos gritos frustrados ficam pelo caminho. Isso faz mal para os dois. Mas ninguém os pode parar. Quando as pessoas não tem autoestima esta situação tende a se repetir. Um pouco mais de olho no olho, honestidade, respeito e amor próprio no mundo, por favor.

27 de maio de 2012

Aceito meus defeitos


Todo dia é dia. Dia de sonhar mais, de conhecer o novo, de continuar lutando. Todo o dia é dia de crescer.
Todos nos buscamos a cada dia algo novo. Algo que ainda não conhecemos que nos faça mudar, para melhor, óbvio. Foi pensando nisso que surgiu o tema deste post. O caráter teve grande destaque na minha criação. Minha mãe sempre reforçou a importância de ser uma pessoa integra. Assim, eu me acostumei a tentar frequentemente melhorar minha personalidade, todos os defeitos que tinha eram apontados. Com isso eu podia refletir e trabalhar nelas.

Nos últimos anos eu percebi alguns traços da minha personalidade que ainda podiam ser repensados. Mas realmente, neste ponto da minha vida, pleno dezoito anos de idade, eu decidi que tudo bem eu ter todas estes defeitos. Correr atrás de tamanha perfeição não tinha cabimento, e isso só me trazia angustia.

Resolvi aceitar meu jeito mandão, perfeccionista e “bocuda”. Apesar de que ninguém goste de gritar por ai todas suas imperfeições que ficam escondidas no dia-a-dia e só aparecem quando te puxam ao limite.  Mas eu preciso disso. Preciso jogar todos eles pra fora do meu peito apertado que não aguenta mais, e dizer pra quem não goste que se vá. Porque sou assim mesmo e não pretendo, tão cedo, mudar.

Sim, eu adoro mandar. Não sei se isso tem haver com meu signo, dia ou hora que nasci, mas esbravejo mundo afora sem pestanejar. Já tentei de tudo, não há jeito de segurar minha língua solta que bate nos dentes sempre que o assunto é comigo. Não levo nenhum desaforo para casa. Quando alguém me incomoda resolvo na mesma hora. Cansei de voltar arrependida de não ter me defendido. Quantas vezes não ouvi: “Deixa pra lá, Marina”. Não. Não vou deixar para lá, se a pessoa teve a intenção de me cutucar com uma vara curta, viro onça e revido os elogios.

Apesar disso, obviamente, não me considero uma pessoa completa, formada. Como disse, todo dia quero mudar. Se quiser ser minha amiga, serei leal. Serei sua conselheira, lhe farei companhia, terei o cuidado de ouvi-la, de abraça-la, a levarei para o bar quando tudo der errado. Mas lhe informo que tenho defeitos, que estou tentando aceitar.