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29 de abril de 2012

Nada de textos de amor


              A maioria das crônicas e textos que leio é sobre mulheres apaixonadas e todos os outros sentimentos que giram em torno do amor. As desilusões, as manhãs apaixonadas, o frio na barriga, brigas e reencontros, todos terminam com um beijo ou a lembrança de um.
                Confesso que ando meio cansada de tanta fantasia. Essas meninas sentem mesmo tudo isso? Tudo me parece muito ilusório, imaginado. Será que é isso o amor? Não sei ainda.
                Nunca namorei, e que me recorde nunca nem fui apaixonada por ninguém. Lembro-me de na terceira série gostar de um menino, e acho que ele também gostava de mim, namoramos algumas semanas e trocamos um selinho. Ato ousado para a idade. Depois disso nenhuma lembrança amorosa boa. Só me vem a cabeça rejeições, desilusões e amor não correspondido.
                   Fui me fechando cada vez mais para a chance de um relacionamento. Quando conhecia alguém legal, já imaginava as olhadas, as mensagens, os beijos as brigas e o término. Tudo isso antes mesmo de  descobrir o nome do menino.
                 Acho que sou a mais iludida de todas estas escritoras românticas. Por muito tempo me baseei nestas crônicas com estilo Cinderela para entender o que é ter um namorado, um relacionamento.
Já vivi tantos relacionamentos de amigas e amigos que adoram contar os detalhes sórdidos de suas relações, inclusive os que ninguém quer ouvir. E todos estes foram completamente bizarros. A menina pensa estar em um relacionamento amoroso, mas na verdade esta em uma guerra fria. Ameaças inúteis, possessividade, e ciúme excessivo. Percebi que todas estas que compartilham tanto dela, se encontram em uma relação pura e simplesmente pelo status - aquele que fica no Facebook: “Em um relacionamento sério”. -  Elas não pensam em nada além da imagem que passa de uma menina com namorado. Verdade seja dita, não passa imagem nenhuma!
                Então “porque ter um relacionamento?” foi o que me perguntei. ORAS, POR CAUSA DAS CRÔNICAS! Elas mostram - na maioria das vezes - o lado bom, normal, não bizarro ou psicótico de pessoas com um sentimento mutuo em comum, a tal da “Paixão” com P maiúsculo  É ótimo ser independente, mas acho que está na hora de escrever minhas próprias crônicas melosas.

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